segunda-feira, 26 de dezembro de 2011



 TRIBUTO A BENEDETTI

Daniel Viglietti “Desalambrando”


POR CARLOS COGOY
Para o Diário da Manhã
Novembro de 2009


Che Guevara, Salvador Allende, Atahualpa Yupanqui, Alfredo Zitarrosa e principalmente Mário Benedetti (1920/2009). Referências do uruguaio Daniel Viglietti, à noite de 14 de novembro na Biblioteca Pública Pelotense (BPP). Com o salão nobre repleto, o recital comemorativo aos 134 anos da BPP, foi um presente à cidade. Poemas do uruguaio Benedetti – tema da Feira do Livro deste ano -, intercalados com as canções de Viglietti, bem como de alguns expoentes do canto latino-americano, proporcionaram momentos de exaltação à inteligência, beleza e tolerância. Comunicando-se com o público, Viglietti agradeceu ao empenho de amigos como Eniton Grill Jr, e a equipe da Biblioteca.


RESISTÊNCIA – Durante a terceira apresentação em Pelotas – as anteriores ocorreram em 2001 e 2003 -, Viglietti lembrou amigos, contou histórias e expressou sua confiança na vitória da Frente Ampla no segundo turno da eleição presidencial a 29 deste mês. Entre as menções, a trajetória de luta da paraguaia Soledad Viedma. Ela foi morta pela ditadura brasileira aos 28 anos na década de setenta. Estava grávida de sete meses. Também interpretou versos da “única violeta que nasceu de uma parra”, a chilena Violeta Parra (1917/1967). Antes de encerrar, cantando a clássica “A desalambrar”, atendendo pedido do público, Viglietti tanto ressaltou a integração cultural, quanto demonstrou bom humor ao dizer frases como: “As formigas não param de trabalhar, porque não tem sindicato”.

LAS HORMIGUITAS
DANIEL VIGLIETTI
TRABAJO DE HORMIGA
ESTADIO LUNA PARK
BUENOS AIRES
23 Y 26 DE MARZO
1984