(E OUTROS DELÍRIOS)
POEMA
VIII
(Que trata da inusitada e fantástica aventura onde o valente e fiel escudeiro Sancho Pança toma a posse de uma ilha, governando-a magnificamente até que um dilema, não menos fantástico e inusitado, assola a sua mente um tanto limitada)
A ILHA DE SANCHO PANÇA
Afinal, chegou o dia! Sancho Pança vibra e pensa
No seu descanso merecido, na sua justa recompensa
A sua ilha tão sonhada hoje é mais do que miragem.
Servos, terras e riquezas... eis aqui seu governante
Que é justo por ser sábio e que é sábio por andante
Pois nas agruras do caminho fez a sua aprendizagem.
Porém estranho é o destino e ainda mais a alma humana
E entre a paz da sua guarida e a aventura mais insana
O escudeiro já não sabe qual a sorte preferida...
Há que seguir! Pensa e pondera Sancho Pança...
Há que seguir!Manter acesa a chama da esperança
Pois, afinal, não será ela a razão da própria vida?
Martim César
CANTARES
ANTONIO MACHADO/JOAN MANUEL SERRAT
«Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar»
CANTARES
1969
«Aunque pasen días,
aunque pasen años,
la llama encendida
no se apagará»
ISABEL PARRA
TU VOLUNTAD MÁS FUERTE QUE EL DESTIERRO
1983