segunda-feira, 8 de julho de 2013

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O SONHO DE CERVANTES
(E OUTROS DELÍRIOS)


POEMA
VII


(De como o engenhoso fidalgo venceu o terrível duelo contra um outro cavaleiro muy versado nas regras da cavalaria andante e da forma que instou-o, após a inesquecível batalha, a prostrar-se ante à formosa e sem par Dulcineia del Toboso)


O CAVALEIRO VITORIOSO

Os séculos vindouros hão de saber da tua vitória
Pois outra igual jamais houve em toda a história
Nem haverá outra maior que a tua proeza.

Nem os cruzados na guerra santa contra os mouros
Nem os romanos com suas glórias, com seus louros
Fariam frente ao valor da tua destreza.

Os bardos cantarão tua façanha aos quatro ventos
E nos sete mares... nas tabernas... nos conventos...
Serás o tema dos corsários e dos vates.

Qual a de El Cid, Don Quixote, hoje é a tua fama
Porque provaste a formosura sem igual da tua dama
E ainda perdoaste a quem venceste nesse embate.

                                 Martim César



HISTÓRIA DO CAVALEIRO SERTANEJO 
COM A PRINCESA DO CLAREAR
«Cavaleiro que passas,
Que vais pro sertão,
Qual o destino que me levas?
Que queres correndo chão?
Princesa, trago nos olhos
Os caminhos por onde andei.
De guerras não fui vencido.
Minha luta é sempre com o rei»
CARLOS PITA
ÁGUAS DO SÃO FRANCISCO
1979

CORSÁRIO
«Bendita lâmina grave que fere a parede e traz
As febres loucas e breves
Que mancham o silêncio e o cais
Roserais, Nova Granada de Espanha
Por você, eu, teu corsário preso
Vou partir na geleira azul da solidão»
ALDIR BLANC/JOÃO BOSCO
ESSA É A SUA VIDA
1981