quinta-feira, 27 de junho de 2013



CAMINHOS DO TEMPO INFINDO


Poema: Martim César
Música: Paulo Timm e Hélio Ramirez


Dos Mouros eu trago o semblante moreno
E o destino estradeiro de andar mundo afora
Da Ibéria meu canto e o calor do meu sangue
E do Pampa até os Andes a minha viva memória

Don Quixote ainda singra as planuras de Espanha
Rumo a outras façanhas junto ao seu escudeiro
Onde El Cid renasce e entre o amor e a bravura
Faz reinar a ternura no coração de um guerreiro

Sou raiz de uma história que carrego no olhar
Sou um pouco de mar, e outro tanto de terra
Sou montanha, sou serra e o sem fim do deserto
Eu sou também campo aberto, rio do tempo a passar.

Saladino unifica mil tribos dispersas
E aos quatro ventos professa a vontade de Alá
Os Cruzados carregam suas bandeiras cristãs
E entre a cruz e o Islã, só quem perde é a paz

Morre a raça Ameríndia sem direito ao futuro
E entre cercas e muros vai um povo sem terra
Quero a voz de outro mundo, do começo até o fim
Há um menino hoje em mim, já cansado de guerra



Caminhos Do Tempo Infindo
Marim César / Hélio Ramirez / Paulo Timm
Recitado: Xirú Antunes
Arranjo instrumental: Egbert Parada
Arranjo vocal: Hélio Mandeco
Violões base e solo e palmas: Egbert Parada
Baixo e bandolim: Fabrício Moura
Vocal: Paulo Timm e Hélio Mandeco
Faixa 12
Caminhos de Si
2004