segunda-feira, 11 de março de 2013



NEIL YOUNG & BOB DYLAN
IV


NEIL YOUNG
A AUTOBIOGRAFIA


2012
BY NEIL YOUNG


BRUCE (SPRINGSTEEN) ainda é meu amigo. Não conversamos muito. Não precisamos. Ele é fabuloso no que faz. Não sou ele e ele não sou eu. Mas estamos em caminhos semelhantes, escrevendo e cantando nossos tipos de canções pelo mundo, com Bob e outros poucos cantores e compositores. É uma fraternidade silenciosa ocupando esse espaço nas almas das pessoas com nossa música.

Em 2010, perdi meu braço direito, o guitarrista de pedal steel Ben Keith. Em 2011, Bruceperdeu seu braço direito, o saxofonista Clarence Clemons. É hora de termos uma conversa: os amigos podem ajudar um ao outro apenas estando presentes. Agora nós dois olharemos à direita e veremos um grande buraco, uma memória, o passado e o futuro. Está tudo ali.

Bob Dylan não tem ninguém assim, eu acho, embora essa pessoa possa ter sido Mike Bloomfield - eis aí um grande guitarrista. Bob agora tem se dedicado à pintura, e Elliot - que já foi empresário de Bob - diz que ele é um mestre. Não fico surpreso. Tenho certeza que Bob tem o toque do mestre, seja pintando a partir de uma foto ou inspirado pela memória ou por algo que ele viu.

Bob recolhe suas imagens. Faz isso há muito tempo. Suas canções não conheceram limites sob sua influência, e o processo do folk se transfere bem para sua pintura. Ele talvez esteja apenas começando. Como a música, o mundo da arte tem suas próprias para ser quebradas.