GRACIAS, VIVI!
POR ENILTON GRILL
TEXTO PUBLICADO
NO DIÁRIO POPULAR
PELOTAS - RS
08 DE MARÇO DE 2009
REVISADO E ATUALIZADO
ABRIL DE 2014
Dia desses, a Alice, minha sobrinha emprestada, entre um e outro pôster pendurado na parede da minha casa, fitou os olhos num da Violeta Parra. E perguntou: - Quem é essa? Que tipo de música canta essa mulher?
Violeta Parra foi uma compositora, poeta, artesã, artista plástica e pesquisadora da música de raiz chilena. É considerada a mais importante folclorista do Chile e fundadora da música popular do seu país.
Violeta Parra foi também uma importante ativista política e social. Certa vez perguntaram a ela sobre sua ligação com o Partido Comunista, se “era verdade que era comunista”. Violeta, irônica, respondeu: “Sou tão comunista que, se você me der um tiro, derramarei sangue vermelho”. Em uma de suas canções, Violeta canta: Os famintos pedem pão/chumbo lhes dá a polícia.
Violeta Parra foi também uma importante ativista política e social. Certa vez perguntaram a ela sobre sua ligação com o Partido Comunista, se “era verdade que era comunista”. Violeta, irônica, respondeu: “Sou tão comunista que, se você me der um tiro, derramarei sangue vermelho”. Em uma de suas canções, Violeta canta: Os famintos pedem pão/chumbo lhes dá a polícia.
Violeta Parra percorreu o mundo. Mas, foi no seu país, que instalou uma grande Barraca para viver, morar, trabalhar; e morrer. A ideia era convertê-la em um centro de referência para a cultura folclórica do Chile. A inciativa, como é comum acontecer quando se misturam coração e razão, cultura e dinheiro, não obteve sucesso. Emocionalmente abatida pelo fracasso do empreendimento, e arrasada por ter jogado tudo numa história de amor que não deu em nada, Violeta agradeceu e se despediu: Gracias a la vida/ Que me ha dado tanto...,
O ano era 1967. O dia, 5 de fevereiro. Em Santiago do Chile, eram 6 horas. Entardecia. A chegada da noite prenunciava o fim de mais um dia. Não um dia qualquer, mas um dia que ficou para sempre marcado. Um dia que será para sempre lembrado e celebrado.
Gracias a la vida foi seu canto final. Violeta estava sufocada, decepcionada e desiludida. Mas, ainda assim, agradecida. A vida deu à esta mulher, dois olhos capazes de distinguir, em meio a multidão, o homem de sua vida. Mas a vida que dá o riso é a mesma que dá o pranto. Paixão é feito um vendaval. Paixão é alucinação amorosa. Corta. Sangra. Mata. De paixão morreremos sempre. E do amor viveremos para sempre.
O ano era 1967. O dia, 5 de fevereiro. Em Santiago do Chile, eram 6 horas. Entardecia. A chegada da noite prenunciava o fim de mais um dia. Não um dia qualquer, mas um dia que ficou para sempre marcado. Um dia que será para sempre lembrado e celebrado.
Gracias a la vida foi seu canto final. Violeta estava sufocada, decepcionada e desiludida. Mas, ainda assim, agradecida. A vida deu à esta mulher, dois olhos capazes de distinguir, em meio a multidão, o homem de sua vida. Mas a vida que dá o riso é a mesma que dá o pranto. Paixão é feito um vendaval. Paixão é alucinação amorosa. Corta. Sangra. Mata. De paixão morreremos sempre. E do amor viveremos para sempre.
Eu, gracias a la vida, conheci a Vivi e sobrevivi. Renasci e estou aqui.