sábado, 6 de setembro de 2014

Atriz Emma Stone, diretor Woody Allen e Colin Firth

A LEVEZA DO ABISMO EM 'MAGIA AO LUAR'


POR CARLOS COGOY


Entretenimento ou reflexão? Distração ou questionamento? Lazer ou cerebral? Em “Magia ao Luar” – sessões neste sábado e amanhã às 16h50min na sala 3 do Cineflix no Shopping Pelotas -, Woody Allen beira o abismo, espia o fundo sem fim, volta-se ao público nas poltronas e sorri com leveza.

Morte ou eternidade? Amor ou pieguice? Racionalidade ou espiritualidade? Em “Magia ao Luar”, ciranda que alterna respostas. No giro das perguntas que sacodem a humanidade, mágico apega-se à ciência como amparo na tempestade das incertezas. Já a vidente apega-se ao pragmatismo como salvação no vendaval dos gastos financeiros.

Verdade ou mentira? Ataque ou defesa? Presunção ou inveja? Em “Magia ao luar”, o abismo demasiadamente humano. Nietzsche está morto, Deus também. Mas a fúria miúda, movida pela estreiteza das ambições, revigora-se nas perdas e danos emocionais.

A magia do abismo, e a leveza ao luar. Woody Allen espia algumas das questões sem fim, volta-se ao público, sorri sarcástico e despede-se com final mágico.