terça-feira, 14 de maio de 2013



ENTRE AS FERAS


POR ALVARO BARCELLOS


Rodem entre as feras
sugere Bukowski
com sua poesia corrosiva
e depois de derrubar
cinco ou seis taças
de vinho vagabundo.

Há de ter outro colorido
o horizonte.
Há de ter outras opções
pras coisas do futuro.
Não pode ser só isso
o mundo
não pode.

Não será decerto vencedor
o tempo cinza e frio
das máquinas
e seus rugidos limpos
e seu mundinho clean
enquanto escorre a seiva da vida
entre os corredores da morte
e onde estouram as guerras cleans
entre luzinhas laranjas e verdes
qual um vídeo game
– mas que atravessam 30 metros
do solo que atingem: puuuum!!!

Conheçam as senhas
Senhoras
Senhores
e dancem
e aprendam a rodar
entre as feras.

Antes que nos derrotem
as investidas bárbaras
e que comecem
as maçãs
a devorar de vez
o coração dos homens.