domingo, 8 de março de 2015


Mujer bonita es la que lucha


Por Enilton Grill


Soledad foi uma militante comunista paraguaia, que vivia no Brasil e fazia parte da Vanguarda Popular Revolucionária VPR.

Soledad lutava contra a ditadura no Brasil.

Soledad antes de chegar ao Brasil passou pela Argentina e pelo Uruguai, onde foi marcada a navalha aos 17 anos em Montevidéu, por se negar a gritar "Viva Hitler!" e "Abaixo Fidel!".

Soledad era mulher do Cabo Anselmo, que a traiu e a entregou para a execução, em 1973.

Soledad estava grávida do Cabo Anselmo e apresentava marcas de algemas nos pulsos e equimoses espalhadas pelo corpo quando foi assassinada nos arredores do Recife (PE), num episódio conhecido como o Massacre da Chácara São Bento.

Soledad era neta do escritor anarquista Rafael Barret, era de uma família culta e politizada; e ainda que não fosse bela (como era), de uma beleza de causar encanto, Soledad seria (e era) uma mulher mais encantadora ainda (e bela) por ser uma mulher batalhadora e sonhadora (como era).

Soledad era uma mulher lutadora que sabia que o terreiro de casa não se varre com vassoura se varre com ponta de sabre e bala de metralhadora.

E são as mulheres que são o que Soledad foi que fazem qualquer dia ser um dia especial.

A vocês ofereço um roseiral, vermelho e virginal.