ELEUTERIO GALVÁN
_ POR ENILTON GRILL
Atahualpa Yupanqui foi um mestre na descrição de personagens em pouquíssimas palavras. Em seu livro «el Canto del Viento», as figuras que burila de página em página são inesquecíveis: basta um par de toques para que a figura evocada apareça em carne e osso, como se estivesse diante de nós.

No versos desta milonga, a vida e a morte de Eleuterio Galván se abrem e se fecham. Não há discursos contra a injustiça que marcou esta existência; não há protestos contra o descumprimento desta modestíssima ilusão de ter um cavalo, que sustentou talvez a existência deste «pión de surco» condenado a passar sua vida cortando cana de açúcar.
ELEUTERIO GALVÁN
MI TIERRA, TE ESTÁN CAMBIANDO
1973