terça-feira, 9 de julho de 2013

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O SONHO DE CERVANTES
(E OUTROS DELÍRIOS)


POEMA
VI


(De como toda a Espanha - e quiçá toda a humanidade - houve por bem pedir ao já mui afamado Cavaleiro da Triste Figura que retornasse às suas heróicas aventuras, e assim trouxesse novamente a sua inigualável honra a uma era tão carente dos valores da cavalaria andante)


PELOS CAMINHOS DA ESPANHA

Quando agora te recolhes ao descanso que mereces
E os humildes te reclamam e as donzelas fazem preces
Toda a Espanha se pergunta, de Catalunha a Andaluzia...

Como andar nestes caminhos sem teu braço justiceiro,
Sem tua honra inquebrantável de fidalgo e de guerreiro,
Sem tua bravura que pôs freio à maldade e à tirania?

Memoráveis tempos que haverão de ter sempre renome
Aqueles... em que tão somente a pronúncia do teu nome
Afugentava os feiticeiros e assustava os malfeitores...

Dom Quixote de la Mancha, já imortal se fez tua lenda
Por isso o mundo vem pedir-te que regresses à tua senda
Dai-nos outra vez teu sonho, tua coragem, teus valores...

                                           Martim César



YA NO HAY LOCOS
«Ya no hay locos,
Amigos, ya no hay locos.
Ya no hay locos
En España, ya no hay locos.
Se murió aquel manchego,
aquel estrafalario fantasma del desierto»
LEÓN FELIPE/PACO IBAÑEZ
YA NO HAY LOCOS
1997