sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012



revista pitomba
nº 3
dezembro de 2011


do editorial

depois da tempestade, a tempestade




da página central

o que a gente não pode explodirá
                                 gilberto gil




da contra-capa

/Além do mais, somos criminosos. Ali, fora da lei, dizemos a verdade.// Não estamos pondo as coisas em ordem (isso é função das empresas): estamos apenas facilitando processos para que qualquer coisa possa acontecer.// Fazendo o que não sabemos fazer. Sem técnica.// Inútil cantar canções de ninar para quem não consegue dormir.// Fazemos o que fazemos por pura contradição.// Se não há esperança, não há com o que se preocupar.// O que temos não seria pior se chamado por outro nome. Veblen o chamou de sistema do preço, Mills o chamou de elite do poder. Provavelmente não passam de umas noventa e nove pessoas envolvidas com o mercado financeiro. Curiosa forma de jogatina.// Nós insistimos no uso contínuo das faculdades estéticas.// Não aprendemos nada com o que já sabemos.// O que já fizemos conspira contra o que ainda é preciso fazer.// Plataforma presidencial: prometo, sendo eleito ou não, continuar meu trabalho sem me preocupar com você; acabar com as leis; oferecer crédito ilimitado à sociedade inteira independentemente de nacionalidade.// Observando as diferenças, lado a lado com os derrotados, aprendendo com o oprimido a viver fora da lei sem cometer crimes. Escravizar-se a todas as coisas. (Não há por que se tornar Rei)// Às vezes nós borramos a distinção entre arte e vida; às vezes tentamos esclarecê-la. Não nos apoiamos numa perna só. Apoiamo-nos em ambas.// Estamos dando os primeiros passos. Em breve conseguiremos andar.// Não temos ídolos: nós acreditamos no que fazemos./
do diário de john cage
tradução e montagem
reuben da cunha rocha