Filha de pais argentinos, nascida na Suíça, imigrou com os seus pais para a província de San Juan na Argentina em 1896.
Em 1901, muda-se para Rosario, (Santa Fé), onde tem uma vida com muitas dificuldades financeiras.
Trabalhou para o sustento da família como costureira, operária, atriz e professora.
Descobre-se portadora de câncer de mama em 1935.
O suicídio de um amigo, o também escritor Horacio Quiroga, em 1937, abala-a profundamente.
Em 1938, três dias antes de se suicidar, envia de um hotel de Mar del Plata para um jornal, o soneto “Voy a Dormir”.
Consta que suicidou-se andando para dentro do mar — o que foi poeticamente registrado na canção "Alfonsina y el mar", gravada por Mercedes Sosa.
Seu corpo foi resgatado do oceano no dia 25 de outubro de 1938. Alfonsina tinha 46 anos. Deixou dez livros de poesia, duas peças teatrais e um volume de ensaios.
O MAR DE ALFONSINA
Poeta
Jaguarão, Rio Grande do Sul
Brasil
Hoje eu quero o mar de Alfonsina
Um poema em corais ao sul sangrando
Vida em cena que acena e se termina
Mas se eterniza em estrelas naufragando
Uma flor que por amor em vão germina
E decide - nesse ato - onde e quando
Pois um oceano é toda alma feminina
Um copo cheio a cada gota transbordando
Podes dormir, pois essas algas são lençóis
Deixa que a lâmpada eu a apago mansamente
E se ele chamar eu só direi que não estás...
Se quer te ouvir que ouça o mar dos caracóis
Se quer te ver que veja o mar ao sol poente
Mas se quer te amar, eu só direi ‘tarde demais’!...
Mas se quer te amar, amor, direi
que a deixe em paz...
a deixe em paz...
a deixe em paz!!!
Martim César